
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians.
No dia 26 de maio, o então presidente Augusto Melo foi afastado do cargo após aprovação do Conselho Deliberativo em reunião, na qual recebeu a maioria dos votos favoráveis à sua destituição. Ele foi indiciado no caso VaideBet, enfrentando acusações graves de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.
As polêmicas não param de surgir e respingam diretamente em um dos nomes mais tradicionais do futebol brasileiro: o Sport Club Corinthians Paulista.
A situação atual do clube é o reflexo de um mau planejamento financeiro, de uma gestão amadora, da ausência de profissionalismo e, principalmente, de um muro de egos inflamados. Querem dominar, querem se aproveitar de um clube que carrega com orgulho o lema “time do povo”, um lema que, na prática, vem sendo desrespeitado há anos.
O Corinthians vive hoje um verdadeiro campo de batalha, sim, uma guerra. Mas não dentro das quatro linhas. É uma guerra de interesses políticos, alimentada por um Conselho inchado e por um estatuto arcaico, mais voltado à politicagem do que ao futebol.
Um time afundado em dívidas, escândalos e corrupção. Problemas que já refletem dentro de campo, não apenas nesta temporada de 2025, mas há anos. A imagem internacional do clube também sofre: o Corinthians vem sendo taxado como sem tradição em competições continentais. Neste ano, já foram duas eliminações dolorosas e precoces: na Libertadores e na Sul-Americana.
A falta de expressão e de desempenho vem sendo empurrada com a barriga. Até a conquista do Paulistão 2025, o clube amargava um jejum de seis anos sem títulos. E mesmo com essa vitória estadual, a sensação é de alívio e não de retomada. Uma torcida que nasceu para ser vitoriosa precisa agora se contentar com conquistas de menor expressão, enquanto assiste, ano após ano, à ascensão e à glória de seus rivais.
Enquanto isso, o torcedor, fiel como sempre, segue sofrendo. O clube precisa mais do que uma nova gestão: precisa de uma reconstrução ética e institucional. Para voltar a ser do povo. Para voltar a ser Corinthians.